domingo, 19 de junho de 2011

O meu destino.

O meu destino. Sim não tenho medo desta palavra.

 Nas palmas de tuas mãos leio as linhas da minha vida.Linhas cruzadas, sinuosas, interferindo no teu destino.Não te procurei, não me procurastes – íamos sozinhos por estradas diferentes.Indiferentes, cruzamos.Passavas com o fardo da vida...Corri ao teu encontro. Sorri. Falamos.Esse dia foi marcado com a pedra branca da cabeça de um peixe.E, desde então, caminhamos juntos pela vida...
  Segue o teu destino, Rega as tuas plantas, Ama as tuas rosas. O resto é a sombra
   De árvores alheias. A realidade,sempre é mais ou menos do que nós queremos.  Só nós somos sempre, Iguais a nós próprios. Suave é viver só  Grande e nobre é sempre.Viver simplesmente. Deixa a dor nas aras  Como ex-voto aos deuses.Nossas atitudes escrevem nosso destino. Nós somos responsáveis pela vida que temos. Culpar os outros pelo que nos acontece é cultivar a ilusão. A aprendizagem é nossa e ninguém poderá fazê-la por nós, assim como nós não poderemos fazer pelos outros. Quanto mais depressa aprendermos isso, menos sofreremos.

O tempo que eu hei sonhado.Quantos anos foi de vida!
Ah, quanto do meu passado,foi só a vida mentida
  De um futuro imaginado!.Aqui à beira do rio

Sossego sem ter razão..Este seu correr vazio.Figura, anônimo e frio,
A vida vivida em vão.A 'sp'rança que pouco alcança! Que desejo vale o ensejo?E uma bola de criança Sobre mais que minha 's'prança, Rola mais que o meu desejo. Ondas do rio, tão leves.Que não sois ondas sequer, Horas, dias, anos, breves.Passam - verduras ou neves
 Que o mesmo sol faz morrer.Gastei tudo que não tinha.

Sou mais velho do que sou.A ilusão, que me mantinha,
Só no palco era rainha:.Despiu-se, e o reino acabou. Leve som das águas lentas.Gulosas da margem ida, Que lembranças sonolentas.De esperanças nevoentas!
     Que sonhos o sonho e a vida!Que fiz de mim? Encontrei-me

Quando estava já perdido.Impaciente deixei-me
Como a um louco que teime.No que lhe foi desmentido. Som morto das águas mansas.Que correm por ter que ser, Leva não só lembranças .Mortas, porque hão de morrer. Sou já o morto futuro.Só um sonho me liga a mim - O sonho atrasado e obscuro.Do que eu devera ser - muro
    Do meu deserto jardim.Ondas passadas, levai-me
Para o alvido do mar!Ao que não serei legai-me,
Que cerquei com um andaime.A casa por fabricar.


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